"Mesmo quando tudo é real, temos nossas dúvidas."

domingo, 30 de setembro de 2012

Capítulo 10

Bom dia, gente! Pra vocês, o capítulo 10.

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Levantei-me de lá e fui até a cozinha devagar. Escondi-me atrás da parede, deixando apenas meus olhos aparentes. Ele estava pegando alguns ingredientes. Antes, eu não tinha percebido que ele só vestia um shorts. Suas costas eram tão largas e seus braços tão fortes. Encarei-o por mais um instante. Eu gostava dele.

De repente, eu senti meu corpo se desequilibrar e acabei caindo de lado, fazendo Joe virar e rir um pouco.
-Você estava aí a muito tempo? -ele perguntou sem vir me socorrer.
-Cheguei agora. -respondi fria enquanto me levantava.
-Eu sei que sou irresistível, você não precisa ficar me espionando para entender isso.
-Eu não estava te espionando e você não é irresistível. -eu respondi enquanto me aproximava de onde ele estava.
-Não sou é? -ele perguntou me olhando.
-Não. -murmurei.
-Tem certeza. -ele sussurrou em meu ouvido, me colando na parede.
Minha respiração parou por um instante. A parede fria fez meu corpo se arrepiar. Ele começou a molhar meu pescoço, beijando-o. Vi-me relaxar enquanto senti sua respiração sobre minha orelha. Ele passou seus dedos entre meus cabelos e eu segurei-o pela cintura. Ele colou nossos corpos enquanto continuava com os beijos no pescoço e mordia de leve minha orelha.Ele vestia apenas shorts, e eu simplesmente, sua blusa. De repente, percebi o que fazia e empurrei-o. Ele me olhou com um olhar sádico, rindo de mim.
-Quer dizer que a sua relação com o Josh está mau, não é? -ele riu, voltando a pegar os ingredientes.
-Não, não está. -respondi, ainda colada na parede, tentando me recuperar.
-Bom, então aposto que ele não faz muitos carinhos. Você quase se derreteu em cima de mim. -ele provocou ainda sem olhar para mim.
-Você tá louco? Eu acabei de te empurrar. -eu falei, saindo da parede e me sentando em uma das cadeiras que ele tinha por ali.
-Demorou também, né? Ai, ai, Demi, você continua igual. -ele riu.
-Você acabou de dizer que eu tinha mudado muito.
-Mudado? Só se for de aparência. Você continua a mesma emburrada impossível que era. -ele falou de costas para mim enquanto preparava o café.
-Pelo menos eu não sou mais confundida com um garoto. -provoquei.
-Pelo menos isso né. Vamos, levante-se, preciso de ajuda com o café.
Reclamei um pouco, mas logo me levantei. Ele estava fazendo waffles. Eu amava waffles. Depois dele fazer a massa, colocamos na máquina e deixamos fritando. Logo, o cheiro já tinha tomado conta de meu estômago. Comemos sem conversar, eu ainda estava sem graça, mesmo sem querer admitir. Eu tinha gostado da situação que estávamos e isso era um problema. Eu ainda não tinha entendido porque não queria ir embora. Já tinha admitido que gostava dele, mas não era nada como estar apaixonada. Meu coração era de Josh. O problema é que eu não resistia a beijos no pescoço. É, esse era o problema. É claro que eu não estava traindo Josh conscientemente, eu estava apenas sendo levada. Quero dizer, eu parei os beijos. 
-Demi, você está bem? -perguntou Joe enquanto tirava nossos pratos.
-Hã... O que? -perguntei voltando para a terra.
-Onde você estava?
-Longe, Joe, longe. -respondi pensativa. 
-Então, quando você vai embora? -ele perguntou, me surpreendendo.
-Quando você me expulsar. -falei, dando uma pausa- E, ah, quando eu estiver com roupas normais.
-Elas já estão lavando. Mas se você quiser ir com a minha camiseta, pode tá? Eu não quero ter que sentir seu cheiro toda vez que vesti-la. -ele provocou.
-Ah, que adorável você. Obrigada pelo presente, mas também não quero sentir seu cheiro. -menti.
Tá, eu sabia que mentir não era legal e que eu tinha um namorado mas Joe cheirava muito bem... Talvez bem demais... Eu queria a camiseta dele. Eu sabia que não podia querê-la, mas eu queria. Logo, ele tirou minhas roupas da lavadora e eu me vesti. Eu continuei com sua camiseta mesmo assim.
-Pronto! -exclamei.
-Ótimo! Tchau. -ele falou frio enquanto me analisava.
-Credo! É impressão minha ou está mais frio aqui? -brinquei um pouco enquanto pegava o resto de minhas coisas.
-Depende... Você quer que esquente? -ele sussurrou em meu ouvido atrás de mim.
-N-Não, obrigada. Eu prefiro frio mesmo. -falei enquanto dava um pulo pra frente e me direcionava a porta- Tchau, Joseph.
-Tchau. -ele respondeu, abrindo a porta e me dando passagem- E ah, não se esqueça, todo mundo prefere o calor.
Ele riu fechando a porta e eu corei. Fui para rua pensando novamente nele. Olhei para o meu celular: 10 mensagens de Josh. Respirei fundo e guardei o celular. Aquilo não estava bom...

Gostarammm? Comentem muito, sim? 

Beijosss

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Capítulo 9 + Explicações

Bom dia, boa tarde ou boa noite meu leitor,

Primeiramente vou explicar para o anônimo, a única pessoa que comentou o capítulo 8, e para todos os "fantasminhas" daqui o porquê de eu não postar todo o dia etc. Honestamente, eu amo escrever. Tanto que já comecei meu livro. Essa é uma das razões por eu não escrever aqui, estou dando mais atenção para o meu livrinho. Mas eu realmente espero reação das pessoas. Espero que as pessoas comentem, interajam, respondam positiva ou negativamente ao que eu escrevo. Só que eu não vejo reação aqui. Tanto que eu peço números de comentários, algo que eu não concordo fazer, só para esperar que vocês me digam se vocês gostam. Sem resposta eu me sinto insegura para continuar. Enfim, eu não vou postar sempre até que vocês digam o que sentem. Não vou postar até que me sinta motivada a fazê-lo. Estou postando o capítulo 9 para ver se realmente há alguma mudança. Me dedicarei de corpo e alma se houver, juro. Obrigada e lá vai o capítulo.

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Quando abri meus olhos estava num lugar escuro, meio deserto. Levantei-me e não reconheci quase nada pois a escuridão não permitia. Senti cheiro de livros velhos e comecei a me lembrar que havia adormecido na faculdade. Onde estava então. Percebi que estava ao lado de uma cama. Procurei o interruptor, que encontrei logo. A luz se acendeu, mas meus olhos tiveram dificuldade de se acostumar. Paredes pretas começaram a aparecer em minha frente junto com alguns armários brancos. Olhei ao meu lado e vi de novo a cama. Percebi que havia alguém deitado. Quase caí para trás. Era um homem com cabelos pretos e sem camisa. Ele se mexia um pouco, cobria o rosto e resmungava alguma coisa. Olhei-me e estava com uma camiseta velha de time de futebol. Abri a porta que se localizava ao lado do interruptor e desliguei a luz ao sair. Andei por um corredor e entrei num banheiro. Ele era branco e brilhava de tão limpo. Olhei-me no espelho e vi o desastre que estava. Peguei um pente e tentei fazer alguns nós desaparecerem. Logo saí de lá, enjoada e com medo por estar na casa de um estranho. Sequestrada? E se ele fosse um assassino assustador? 
Andei sem rumo por aquela casa, procurando sapatos. Antes que eu pudesse atravessar todo o corredor, senti algo me pegar. Quando vi, estava no ar.
-Me solta! Me solta, agora! Seu assassino, pedófilo! -gritei.
-Meu Deus, que barulhenta. Sempre achei que você fosse mais silenciosa. -falou uma voz arrogante e prepotente que eu havia escutado várias vezes durante essa semana.
-Joe! -falei.
-Eu? 
-Não me diga que nós... Nós? -perguntei assustada.
-O que? Você acha que eu iria querer alguma coisa com uma pirralha ridícula como você. -ele riu.
Respirei aliviada. Podia não ser o melhor lugar no mundo para estar, mas pelo menos ele não era um pedófilo assassino. Ele me levou até a sala e me jogou no sofá.
-Por que você acordou tão cedo, hein? -ele indagou enquanto coçava a cabeça.
-Não sei. Você não poderia me explicar como vim parar aqui? -perguntei aflita pela curiosidade.
-Bom, a faculdade estava quase fechando quando encontrei você dormindo na cadeira. Como você estava babando e eu estava com medo de deixar seu veneno escorrer pela escola, eu te trouxe para cá. -ele provocou.
-Ah, e você queria que o meu veneno escorresse pela sua cama, não é? -eu provoquei de volta.
-Querer eu não queria, fui obrigado. A não ser que você realmente quisesse que um pedófilo te levasse pra casa dele. -ele fez uma longa pausa depois disso, mas logo retornou a sua chatice- Por que você não aprende a controlar seus roncos?
-O que? Eu não ronco! -exclamei.
-Ah, ronca sim. -ele riu.
-Ronco nada! E eu tenho uma pergunta. Por que você me colocou na sua cama? Não dava para me deixar no sofá? 
-Sua mal agradecida. Deveria deixar você congelar naquele banco. Olhe que horas são. Acordei de madrugada.
-São dez horas.
-Então, madrugada! Fica aí, vou fazer café. 
Ele se virou, me deixando falar sozinha. Me espreguicei um pouco naquele sofá de couro. Ele tinha sido legal. Eu realmente não queria pensar no que aconteceria se um assassino resolvesse me resgatar. Levantei-me de lá e fui até a cozinha devagar. Escondi-me atrás da parede, deixando apenas meus olhos aparentes. Ele estava pegando alguns ingredientes. Antes, eu não tinha percebido que ele só vestia um shorts. Suas costas eram tão largas e seus braços tão fortes. Encarei-o por mais um instante. Eu gostava dele.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Capítulo 8

Ele, então, passou suas mãos por minha cintura com força e me aproximou dele. Encarei-o com muito medo mas tudo que ele demonstrava era raiva. Aquele não era Joe. Ou era? Pensei bem e relaxei em seus braços. Ele não faria nada comigo, concluí. Fitei seus olhos com a maior calma e paciência, o que o fez ele me segurar com menos força. Senti os músculos dele se relaxarem.
-Foi por isso... -ele murmurou quase sem mexer os lábios.
-Por isso? -perguntei aflita.
-Por isso que me apaixonei por você. -ele respondeu sem olhar pra mim.
Desviei o olhar e me senti levemente desconfortável. Ninguém havia me amado sem eu retribuir antes. Na verdade, só acontecera o contrário, com o Josh mesmo. Ele, então, me soltou e riu alto, meio maleficamente.
-Você acreditou? Sua pirralha ridícula. Você acha que eu pensaria numa idiota como você? Além disso, nem gostosa é. Eu, Joseph Adam Jonas nunca gostaria de alguém como você.
Eu olhei calma para ele. Depois de ter dito aquilo, não dava para voltar atrás. Eu já sabia quem ele era e nem tinha medo dele. Sabia que ele só queria me provocar. Eu fui assim com muito tempo em relação ao Josh. Sorri para ele e me virei. Ele, então, começou a reclamar, mas nem dei atenção. Andei em direção a faculdade muito em paz, ou pelo menos tentando estar.
-Ele gostava de mim. -repeti pra mim, só pra ter certeza.
-Quem? -falou um voz atrás de mim, me assustando.
Virei-me e dei de cara com Luce. Ela sorria educadamente apesar de não ter sido a coisa mais educada do mundo ela chegar me perguntando as coisas.
-Ninguém importante -sorri de volta
-Ah, aposto que está falando do Joe. -ela continuou me irritando um pouco mais.
-Eu tenho um namorado. -respondi ríspida.
Ela, então, desmanchou seu sorriso por um instante, mas logo depois deste recolocou-o em seu rosto.
-Demi, quer sair com a gente no domingo?
-Eu? Sério? Claro! Adoraria, Luce.
-Bem, agora que os períodos acabaram to indo pra casa. Beijos Demi.
-Tchau, Luce.
Ela, por sua vez, virou-se e andou enquanto eu procurava um lugar para me sentar. Encontrei um banco quase na porta da faculdade e atirei meu corpo sobre ele. Respirei fundo enquanto procurava meu celular na bolsa, pois senti ele vibrar.
-Minha princesinha, que saudades. Me liga ou vou ficar triste. -dizia a mensagem de Josh.
Suspirei e atirei meu celular de volta na bolsa: não queria pensar em Josh. Acabei fechando meus olhos e adormecendo no banquinho da universidade. Quando abri meus olhos, não estava mais lá.